O homem é o que querem que ele seja


Somos influenciados e transformados por uma sociedade e capazes de alterar nossas vontades, nossas atitudes, nossa forma de falar e nossos sentimentos em função dessa sociedade e por exigência dela não nos preocupamos em superar nossas limitações e demonstrar nossa originalidade para criar o nosso valor e a formação de nosso caráter.
Tornamo-nos muitas vezes enrijecidos, petrificados e não somos capazes de propor mudanças e nem de sair da rotina para não quebrar os paradigmas que nos são impostos. Vivemos uma repetição mecânica diária e nem notamos que ao nosso redor as pessoas sofrem e esperam muito mais de nós do que essa mesmice desmedida. Não nos abrimos e nem experimentamos novidades por medo e insegurança cultivada por nós mesmos. Vivemos um vazio, um vácuo sem fim e vemos tudo superficialmente. Nada mais profundo senão os nossos medos e a nossa incapacidade de inovar, de observar, de sentir que fazemos parte deste mundo e não somente algo distante dele. Perdemos o nosso tempo com tantas coisas banais e esquecemo-nos de viver. Procuramos fazer tudo, participar de tudo, ser notado e valorizado diante das normas que nos são impostas e não notamos que somos insignificantes ao ponto de não perceber o que nos rodeia e que vivemos imperceptivelmente um vazio sem fim. Os que sobressaem, são anormais e perdem toda credibilidade e respeito. Não nos é permitido errar. E nem percebemos que permanecemos num erro constante, como se a vida não tivesse nenhum valor além de tentarmos nos transformar em máquinas movidas por ansiedade ou angústia por não ter conseguido.
Se não seguimos as diretrizes que nos são propostas, somos descartados e não servimos. E passamos a pensar desta forma ao ponto de atropelarmos impiedosamente quem nos tenta impedir, numa rivalidade desumana e desleal. Não nos damos trégua e queremos fazer tudo ao mesmo tempo como se tudo se esgotasse no dia seguinte. A calma, a paciência, a docilidade não existe nesta rotina frenética do dia a dia em busca de algo que não sabemos o quê.
Mas para que tudo isso? Porque não vivemos uma coisa de cada vez e conquistamos tudo que queremos, mas no seu tempo exato e não no tempo que nos é conveniente. Se forçarmos acontecimentos e vitórias precoces, a única explicação que vejo é que elas poderão até vir, mas estará no tempo do outro, no espaço do outro. Ainda não é sua vez. As coisas não acontecem como planejamos, mas como elas têm que acontecer. Faça uma análise de sua vida e veja o quanto deixou de viver, o quanto perdeu em não saber valorizar o que mais tem de bom: sua vida e tudo que faz por você e para você mesmo.
Pense agora: quantas vezes no dia de hoje pensou em você ou fez aquilo que planejou e que queria fazer, sem preocupar-se nos resultados ou nas conseqüências, senão no que lhe desse prazer?; quantas atitudes tu fizestes hoje por prazer e não por obrigação e nem que lhe causou nenhum estresse.
Achas ainda que valha a pena?
Então prossiga: e no final, nos últimos momentos de sua vida se arrependerás de tal maneira ao perceber que não viveu, mas morreu aos poucos de forma lenta e silenciosa.
E não há mais tempo para viver!

Mário Dias Miranda
Funcionário Público

Comentários

Joyce disse…
Adorei!

O mundo pós moderno tem nos mutilado...

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