A IMPORTÂNCIA DA REDAÇÃO E DO CONHECIMENTO DA LP E SUA ABORDAGEM DE FORMA ADEQUADA NO CAMPO PROFISSIONAL

Um dos fatores de seleção praticados no momento da busca de um emprego, quando nos candidatamos a uma vaga em uma determinada empresa, é o domínio da fala formal e escrita.

E para isso, é imprescindível conhecermos as regras e as normas da gramática normativa para dominarmos o ato de escrever, falar, interpretar, argumentar e redigir; conhecimentos e habilidades que só enriquecem nossa vida e o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

Conhecer os tempos verbais e as suas conjugações, por exemplo, é indispensável no momento de dissertarmos sobre determinado assunto. Outro exemplo é a questão da pontuação das frases. A simples atitude de colocarmos uma vírgula numa frase tem o poder de alterar completamente o seu sentido ou torná-la ambígua. Daí a importância de conhecermos as regras gramaticais.

Dominar a Norma Culta não significa utilizar de forma radical o antigo e tão contestado método da “decoreba”. Não nos leva a nenhum lugar saber tais regras e conceitos de forma mecanizada e decorada, mas, sim, saber utilizá-la no processo de construção textual verificando a concordância ou regência verbal. Saber usá-las na prática.

Além do mais, não é possível despertar o interesse pelo estudo da Norma Culta, usando um método tão ultrapassado e cansativo. O aprendizado e o domínio da Norma Culta estão muito além das normas gramaticais. Usá-la de forma correta e compreender sua importância e sua função na comunicação, torna-a muito mais prazerosa. Afirma Pasquale Cipro Neto:



“Há mais de vinte anos trabalho com o ensino de português. Nunca me satisfaz com o tradicional método da “decoreba”, incapaz de fazer quem quer que seja entender os fatos de uma língua. Assim, desde o começo procurei despertar nos alunos o interesse pelo idioma, fazendo-o ver o que está por detrás da norma. O ensino e o estudo devem e podem ser instigantes, criativos, prazerosos” (PASQUALE, Português de passo a passo, volume 01, Introdução).



A necessidade de dominar a Norma Culta como um todo e a importância de estar atualizado e conhecer cada vez mais um número maior de vocabulário e o seu uso, tanto na linguagem escrita como na falada, está cada vez mais evidente nos dias de hoje, com o surgimento de palavras e expressões novas que fogem da realidade das regras gramaticais e devem ser substituída pela língua escrita, já que precisamos expressar no a nossa realidade e as nossas expressões orais.

Precisamos estar sempre atentos à pronúncia e a grafia destas palavras e de algumas expressões que surgem.

Estas dificuldades aparecem geralmente na Linguagem escrita, formal. Na oral, usamos algumas artimanhas, mas que na hora de expor as idéias não é possível transcrever exatamente da forma que se fala, exigindo habilidades da Língua para fazer tal transcrição de forma mais exata e que aproxime do que foi enunciado.

O tom da voz, o volume, as entonações e os momentos de silêncio ou de pausa, são características de cada um, incluindo seus vícios e cacoetes. Para transmitir uma mensagem, usamos recursos particulares e que jamais serão transcritos na forma em que se fala, já que se trata de recursos capazes de serem utilizados apenas na linguagem oral.

Veja o que diz Pasquale Cipro Neto sobre palavras, expressões e cacoetes que surgem diariamente:



“A moda não existe só na roupa, nos sapatos, nos cabelos. A cada ano, uma praia entra na moda, um restaurante, um tipo de música, uma casa de espetáculos, um bar, uma rua, uma avenida, um bairro. Muitas modas acabam passando, algumas ficam de vez e deixam de ser simplesmente modas e passam a fazer parte da tradição. Tradição. É aí que está o xis do problema. Em se tratando de língua culta, tradição é fundamental. Não basta um locutor esportivo criar uma expressão para que, da noite para o dia, ela passa a ter respaldo na língua culta. Não é assim que a coisa funciona. É verdade que a língua é viva. No Brasil, vivíssima. Palavras e expressões surgem diariamente. E cacoetes também. E aí se instala a confusão. Pode? Não pode? Vale? Não vale? É correto?” (PASQUALE, Português de passo a passo, volume 01, página 7).



O professor Pasquale é categórico ao afirmar que “assim como há quem precise de muletas para andar, há quem precise de determinadas expressões para falar”, tornando-as absolutamente insuportável e na maioria dos casos é rigorosamente inútil.

Para a linguagem escrita, temos outros caminhos e outras regras para representá-los. Veja o que diz FEITOSA (2000) em relação ao ato de escrever e de relatar coisas e descobertas:



“Escrever é parte inerente ao ofício do pesquisador. O trabalho do cientista ou do tecnólogo não se esgota nas descobertas que faz, nos engenhos que cria: é de sua responsabilidade a comunicação do que descobriu, criou, desenvolveu. No entanto, é fato tão notório quanto lastimável que a comunicação escrita está em crise, e essa crise se faz notar até mesmo nos meios mais especializados e intelectualizados. A comunicação escrita, mesmo quando é muito pouco formal, confere à mensagem que se quer – ou se deve – transmitir uma forma, um corpo, que vai minimizar os efeitos negativos da transmissão oral do conhecimento” (Feitosa, 1991, p.11).

Comentários

Lu Martins disse…
E a propósito, escrever é algo que vc faz muito bem...

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