O que nos leva a falar mal dos outros
Esta é uma prática absolutamente comum entre todos
nós. Alguns em maior grau, outros em menor, mas todos falam mal dos outros. Os
que falam pouco recriminam os que falam muito.
Nas rodas de conversa com os amigos, em família,
sempre há fofoca e comentários “maldosos”. Às vezes o fato é verdadeiro e a
pessoa de quem se fala tem realmente características negativas (mas quem não as
tem?), mas a questão não é essa. A questão é: por que será que as pessoas fazem
isso, sentem vontade de falar mais dos defeitos do que das qualidades? Por que
será que isso é tão comum? Chego a dizer que é quase irresistível para a
maioria das pessoas.
Difícil é a gente ver uma roda de conversa onde
predomine o elogio e pessoas falando bem dos outros e se esquecendo de falar
dos defeitos. Não seria interessante esse comportamento? Não falar dos defeitos
e somente falar das qualidades dos outros? Podíamos escolher pessoas com muitas
virtudes e gastar muito tempo falando bem delas. Mas isso não tem graça, a
conversa não fica interessante. Causa até mal estar nos outros. Geralmente,
quando alguém faz um comentário de elogio, outra pessoa (ou a mesma pessoa que
fez o elogio) fala logo em seguida “Fulano faz isso de bom mas também tem esse
outro lado assim, e assim...”
Isso tem a ver com a forma como nós nos sentimos.
Quando mais nos sentimos bem a nosso respeito, menos teremos vontade de apontar
os defeitos alheios. Quanto mais insatisfeitos, mais teremos essa tendência. E
isso ocorre por um fato muito simples. Ao falar mal de alguém temos uma
sensação falsa de que somos melhores. Dá um sentimento temporário de
superioridade. É uma necessidade de nos elevarmos e isso é feito através do
rebaixamento dos outros.
Quando sentimos vontade de falar mal de alguém temos
um momento ideal para a auto-observação e análise do que sentimos. Pode ser que
os defeitos do outro nos incomodem, mas pode ser também que sejam as qualidades
da outra pessoa que nos causam ciúme, inveja, raiva. Em qualquer um dos casos,
o importante é reconhecer que existe algo de negativo em nós que veio à tona.
Esses momentos são ideais para fazer rodadas de
auto-aplicação da *EFT – Emotional Freedom Techinques. A técnica é bem simples e tem uma
ação muito rápida. Normalmente conseguimos eliminar o sentimento que nos leva a
falar mal da pessoa em poucos minutos, o que irá mudar nosso comportamento
naturalmente.
Pense bem agora em uma pessoa que você tem vontade de
falar mal. É preciso avaliar: Estou com raiva? Com inveja? Sinto-me incomodado?
Sinto-me ameaçado (na vida profissional, na vida afetiva)? Preciso me elevar?
Qualquer que seja a resposta é um sentimento interior negativo e que pode e
deve ser eliminado. E devo dizer que para isso não conheço ferramenta mais
fácil e rápida do que a EFT. Identificar o sentimento negativo é a parte mais
difícil; depois que isso é feito, a técnica pode ser aplicada com facilidade.
Com a aplicação regular da EFT ficaremos cada vez
mais tranquilos, seguros, confiantes e isso irá se refletir no nosso
comportamento. A ansiedade diminui e a vontade de comentar coisas negativas
também. O elogio a terceiros passará também a não nos incomodar e será motivo
até de alegria. Você passará até a ver mais as qualidades da pessoa de quem
antes só via defeitos e vai passar a compreender melhor os defeitos alheios com
menos julgamento.
Isto é um exercício diário que poderia ser feito a
vida inteira. Utilizando a EFT ocorrerão progressos incrivelmente mais rápidos
do que quando usamos somente a reflexão. A reflexão é boa para identificarmos
os sentimentos negativos e a EFT é a ferramenta para eliminá-los. Mudar os
sentimentos simplesmente através do esforço consciente também produz
resultados, porém de forma muito lenta e gradual, levando-se meses ou anos para
se obter uma diferença significativa.
por Andre Lima
Comentários